Atriz australiana ressaltou a conexão nas cenas intensas de Babygirl (2024), filme que a indicou a várias premiações mundo afora.
Nicole Kidman, 57, e Antonio Banderas, 64, atuam juntos em Babygirl (2024), longa-metragem que integra a lista dos indicados a várias premiações da temporada e acaba de chegar aos cinemas. Em entrevista recente à revista espanhola Fotogramas, a atriz fez algumas revelações sobre o período em que trabalhou com o ator espanhol nas cenas intensas do thriller erótico que vem conquistando o público desde sua esteia.
No longa-metragem, Kidman vive na pele de Romy, uma poderosa CEO que descobre e explora seus desejos mais íntimos quando se envolve com o estagiário da empresa em que trabalha. Antonio Banderas é Jacob, seu marido e diretor de teatro, com quem vive um relacionamento em crise nos últimos tempos.
Em declaração à revista Fotogramas, a atriz australiana afirmou que está muito satisfeita com o resultado do filme. Kidman expressou sua admiração pelo trabalho de Antonio Banderas, elogiando a capacidade do ator em transmitir a complexidade de seu personagem. Ela ainda mencionou a atuação de Harris Dickinson, ator que interpreta o estagiário com quem sua personagem se envolve na trama.
“Foi uma grande sorte encontrar homens como Harris, que entrou na cozinha e disse ‘aqui estou, sou seu’. E o Antonio, que nos deu aprovação desde o início”, afirmou a atriz australiana. A ligação com Banderas era tamanha que a própria atriz reconheceu: “Eu o vi e senti que estávamos casados a vida toda e que ele era alguém com experiência”.
Durante a entrevista, Nicole Kidman ainda revelou como se envolveu com o roteiro do novo filme. O papel de Romy chegou inesperadamente para atriz. Ela leu o roteiro e ficou fascinada pela profundidade e autenticidade da personagem com quem tinha que conviver nos próximos meses. “Foi ouvir Babygirl e só o título me hipnotizou e entrei de cabeça. Li de uma só vez, liguei para Halina [Reijn, diretora do filme], conversamos durante uma hora e meia e fiquei impressionada com sua autenticidade, seu humor e o fato de ter sido dirigido por uma mulher”, confessou a estrela de Hollywood.
Algo semelhante também aconteceu com Antonio Banderas que já explicou o motivo pelo qual decidiu atuar no filme. “Estamos em um mundo tão politicamente correto que chegamos à autocensura. Por isso, quando li o roteiro de Halina Reijn, pensei: ‘Alguém que pensa diferente!”, explicou o ator e produtor. “Somos prisioneiros dos nossos próprios instintos (…) – acrescentou Banderas. “Este filme é sobre uma mulher que fala sobre isso de uma forma muito livre e tenho orgulho de fazer parte de algo assim”, ressaltou o ator.
Esta não foi a primeira vez que Nicole Kidman atuou em um papel intenso em frente às câmeras. Em De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut, 1999), de Stanley Kubrick, ela trabalhou com seu então marido, Tom Cruise. Desta vez, Babygirl (2024) foi aclamado por sua abordagem ousada e honesta sobre as relações sexuais e o poder.
O desempenho de Kidman foi reconhecido com vários prêmios internacionais, incluindo o Coppa Volpi, principal prêmio entregue anualmente aos melhores atores e atrizes no Festival de Cinema de Veneza ou o International Star Award, ocorrido no último Festival Internacional de Cinema de Palm Springs. Em discurso emocionante, ela dedicou a premiação à mãe recém-falecida.
Nicole Kidman também recebeu várias indicações pela nova produção cinematográfica, incluindo a última edição do Globo de Ouro. Em 23 de janeiro deste ano, saberemos se a estrela fará parte da lista dos indicados à próxima edição do Oscar que ocorrerá em março.